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tina cassati
É
sempre tudo tão bem. O sol manso de manhã
o
cheiro a orvalhada, o frio a gelar as mãos, a colorir
a
face. Mas logo aparece o que arrefece, enlouquece.
Instala-se
o nó e a vontade de rasgar papéis, ´
quilómetros de eternas letras
num palmilhar de veios passados.
quilómetros de eternas letras
num palmilhar de veios passados.
Mesmo quando desaparece, a surdez
continua, a cegueira
de todos os doces, a nudez de todas as esperanças.
de todos os doces, a nudez de todas as esperanças.
E
ficas quedo, com medo de tanta paz e
de
eu te dizer que te amo.
Maria
Luis Koen
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