sábado, 26 de abril de 2014

A Roda- sete trovões, sete cabeças, sete calamidades, sete reis.

A Roda - continuação



HANDS OF GOD AND ADAM, DETAIL FROM THE CREATION OF ADAM, FROM THE SISTINE CEILING, 1511

ARTIST: MICHELANGELO BUONARROTI


- Sete trovões, sete cabeças, sete calamidades, sete reis.
- Tanto sete! Já vi que é fã incondicional do sete.
- O sete é muitas vezes associado, como lhe disse, ao mal. Sabia?
Sigo o movimento dos lábios de Simão, como que hipnotizada.
- Não. Mas o que diz é um disparate total. Prefiro a versão da minha amiga.
- Está a ver, a Ana mora no número sete da Roda,  num condomínio que  se pensa ficar precisamente no antigo cemitério judaico. E é disparate porquê?
Será verdade? - penso.  
-Bem, quanto ao número sete, também sei algumas coisas – repito -  pois tenho uma amiga que tem uma fixação por ele. “Por ele e por outras coisas”, pensei. A Bíblia apresenta este número como um número "perfeito" e posso dizer que está presente em tudo na natureza. O sete é o número de Deus, ao contrário do que você afirma.
- Acha isso?
- Sim. Tudo o que Deus faz pelo homem acaba por resultar no número sete – está na Bíblia. Basta ler o primeiro capítulo e o primeiro versículo para ficar elucidado. Na língua original, claro.
- Como assim?
- Do que sei, e sei porque achei muito interessante, é que - retiro da mala um pequeno livrinho que a minha amiga me ofereceu quando fiz anos, onde está escrito o que leio a seguir – precisamente no dia sete e leio: na sua língua original, este primeiro versículo contém o seguinte:
"O número das palavras é sete; estas sete palavras têm vinte e oito letras (quatro setes); as primeiras três palavras têm catorze letras (dois setes). As últimas quatro palavras têm catorze letras (dois setes); as palavras quarta e quinta têm sete letras, as palavras sexta e sétima têm também sete letras; as palavras "DEUS" (sujeito da oração) e "CÉUS", "TERRA" (complemento directo) têm, na língua original, catorze letras (dois setes). As restantes palavras têm, também, o valor numérico de catorze (dois setes); o valor numérico de cada uma das sete palavras deste versículo é de mil trezentos e noventa e três (cento e noventa e nove setes); a primeira letra da primeira palavra e a última letra da terceira palavra somam quarenta e dois (seis setes); a primeira letra da quarta palavra e a última letra da sétima somam noventa e um (treze setes) ficando, para as restantes, o valor numérico de mil duzentos e sessenta, ou seja, cento e oitenta  setes !” (sic) E isto repete-se quase versículo a versículo em toda a Bíblia.
- Bem, retiro o que disse. Gosta de viver na porta com esse número?
- Não me incomoda viver na porta ou no andar com esse número: ao contrário do que você diz, o sete é o número de Deus. Ainda assim, não sou supersticiosa.  
Maria Luís Koen


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