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Ognian Kouzmanov
É sempre tudo tão bem. O sol manso de manhã,
o cheiro a orvalhada, o frio a gelar as mãos, a colorir
a face. Mas logo aparece o que arrefece, enlouquece.
Instala-se o nó e a vontade de rasgar papéis, quilómetros de
eternas letras num palmilhar de veios passados.
Mesmo quando desaparece, a surdez continua, a cegueira de
todos os doces, a nudez de todas as esperanças.
todos os doces, a nudez de todas as esperanças.
E ficas quedo, com medo de tanta paz e
De eu te dizer que te amo.
Maria Luís Koen
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