Todos os dias é mais do mesmo, a mesma lenga lenga do
dia a dia, a mesma rotina seca e fria, os mesmos monocórdicos pensamentos,
talvez o mesmo sol, as mesmas plantas. Parece que a vida não passa, o jogo
mantém-se igual e depois, afinal, há movimento porque a planta murchou, eu
reguei mas não foi suficiente ou não falei com ela e não fotografei, não mimei
o bastante. Não soube entender a sua língua, as fadas foram morar noutros vasos
que não os meus. Por isso, os dias passam lentamente, até as emoções virarem pó e
eventualmente morrerem.
Maria Luís Koen
Sem comentários:
Enviar um comentário