continuação
Danielle Duer
- Conheci-a num chat. Ao fim de um ano de conversa decidimos conhecermo-nos pessoalmente. Combinámos um encontro, na baixa, em
Lisboa, num café conhecido de ambas e, nesse mesmo dia, ela convidou-me para ir
até ao apartamento onde vive. Jantámos e
falámos sem parar. Bebemos vinho e depois whisky. Acabámos na cama e ainda não
sei bem como. Só sei que adorei e
que nos encontramos muitas vezes por mês. Todas as que conseguimos. Ela tem um filho
e um namorado, o Jorge, que é um doce e nem sonha… Já conheço o filho, já mo
apresentou e jantámos os três. Mas a Mafalda mantém o namoro com o Jorge e o
romance comigo. Não o quer deixar e diz que a mim também não. Não sei o que
fazer. Não a consigo esquecer, não passo um minuto sem pensar nela. Também
penso no namorado. Só consigo odiá-lo. Por causa dele, ela não pode estar
comigo quando eu quero.
São palavras de mágoa, paixão e ódio as de
Amélia. O caminho dela é tortuoso, como é o meu , mas de maneira diferente. É
tortuoso o caminho das outras, que eu sei, difícil, enganador, cheio de
travessas labirínticas, com obstáculos que parece terem que vencer. Eu sei que não
há cura nem salvação para o amor. Ele desperta em nós o desejo, a loucura e às
vezes termina num silêncio duro e sem fim.
Maria Luís Koen
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